quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Tensão superficial da água



A tensão superficial resulta do desequilíbrio das forças intermoleculares estabelecidas pelas moléculas na superfície do líquido. Pode ser entendida como a quantidade de energia necessária para reduzir ao mínimo a área superficial do fluido. Ou como a energia necessária para criar uma área unitária de superfície; ou ainda, a força tangencial que a superfície exerce por unidade de comprimento.
A tensão superficial da água é cerca de 0,075 N/m. A do álcool é 0,024 N/m. É mais difícil formar gotas de álcool que de água, nas mesmas condições.




A tensão superficial da água é responsável por:

- fios de água pararelos ficarem unidos após lhes tocarmos em conjunto;


- alguns insectos passearem sobre a água;



- as bolas de sabão terem um formato esférico;



- as gotas de água grandes serem ovais e as mais pequenas circulares;



- se notar o efeito de um detergente na água (quebra as ligações intermoleculares e faz diminuir a tensão superficial); Assim também se favorece a remoção das gorduras pelo detergente.
Observações interessantes: A água espalha-se facilmente numa placa de vidro limpa; numa proveta nota-se que se adapta bem às paredes e fica sempre com um nível mais elevado junto às paredes do que no centro do menisco.


Com o mercúrio acontece precisamente o contrário. A gota de mercúrio tende a ficar junta, não a espalhar-se (ficaria mais arredada das paredes de um capilar de vidro, não sobe pelas paredes). Atenção que a 20ºC, a tensão superficial do mercúrio (no ar) é 0,465 N/m e que a da água, nas mesmas condições é 0,0728 N/m.
Pode-se dizer que existe água no solo acima do nível freático como consequência da elevada tensão superficial da água.



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